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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O jogo da imitação da vida real


Em um mundo cada vez intimista onde o ego é cada vez mais forte, onde as falhas são jogadas para debaixo do tapete; Que atire a primeira pedra quem nunca se utilizou de um artifício tentando fugir daquela briga que iria te custar horas de bate boca, quem nunca mentiu sobre aquele aranhão no carro, até porque a culpa nunca foi sua. Não é verdade. Mas deixando de lado a moral e os bons costumes a mentira não é de todo mal, em situações específicas ela até é justificável ‘Existem males que vêm para o bem’ já diziam.

Porém, assim como a origem de muitos males existem situações onde a mentira toma proporções demasiadamente exageradas. E aquela situação onde o ‘só bebo socialmente’ , o tão presente ‘vamos marcar pra sair qualquer dia desses’ , o muito usado no mundo feminino ‘ Nossa, como você emagreceu!’ não passam de conversa pra boi dormir e adultos. Quando mentir vai além de se adequar a critérios sociais, e passa a ser um modo de vida, como conseguir identificar essas pessoas¿

Em casos onde a mentira se torna um meio de vida ao ponto de afetar o convívio social, a literatura acadêmica possui uma gama de trabalhos publicados com termos específicos à famosa ‘síndrome de Pinóquio’. Existem basicamente, duas formas, os que usam da mentira de forma consciente, ou seja, utiliza da mentira como forma apenas de se livrar de algum problema cotidiano, onde muitas vezes entramos ai.

Porém a mitomania, assim conceituada desde 1905, é considerada uma patologia ligada à criação de histórias. E o que é espantoso é que muitas vezes essas histórias possuem concatenação, e riqueza de detalhes, onde apesar de casos com um sentido vago te fazem refletir se não seria verdade.... Até porque é difícil você não acreditar em alguém que é preso naquele conto, e rebate diversos argumentos, onde a vida dela passa a ser aquela história.
A sensação prazerosa que a mentira causa o destaque e atenção tanto no caso compulsivo quanto no caso patológico é uma fonte enorme para a manutenção da mentira. E esta necessidade de criar uma sensação prazerosa, nos remete a pensar no quanto a vida destes é desconfortável. Assim essa condição pode ser associada a outras doenças como a depressão, e questões psicológicas. Ou seja, em termos práticos o buraco é mais embaixo. Apesar de bem elaboradas, as histórias fantásticas criadas, é possível manter-se atento a alguns erros de sincronia e com isso identificar o mentiroso:





1# Necessidade de atenção
Sabe aquela pessoa que tem o rei na barriga¿ pois é....

2# Contador de histórias
Sabe aquele amigo seu que sempre conta histórias maravilhosas de como ele sempre sai por cima de todas as situações¿ pois é...

3# Esconder-se
Já viu um mentiroso cair na própria mentira e logo em seguida conta outra história justificando a outra, e o pior fazendo muita gente acreditar¿  pois é... cuidado com esses!

4# Mesma história, personagens diferentes
Você já ouviu o mesmo roteiro mas era sobre o irmão dele e agora aconteceu com primo de segundo grau que mora longe, pois é....

5# Dependências
Pessoas dependentes de drogas e jogos, frequentemente apresentam estes sintomas. Eles podem mentir para escapar de situações difíceis, sair de problemas financeiros ou esconder a verdade sobre si da família e amigos.

6# Negação da realidade
É aquela pessoa que vive literalmente nas sombras, assumindo pontos na história onde apenas o que lhes interessa é levado em conta... E muitas vezes essa perspectiva de visão visa tirar ou amenizar uma culpa e levar o foco contra pessoas alheias a situação.

Lendo isso aposto que já se lembrou daquele amigo da balada, aquela ex sua, e muitos outros.
A mentira patológica acomete pessoas com transtornos de personalidade narcisista, histriônica (excesso de emotividade e busca de atenção) e anti-social.
Todas as características devem ser notadas e comprovadas através de testes, além disso, notando sintomas precocemente é possível tratar esses casos, impedindo o progresso para um caso de mentira patológica.




Lucas França:   Escreve as sextas sobre ciências e curiosidades. É acadêmico de medicina, não leva tudo a sério demais, é movido por emoções e como todo estudante não nega um convite para um café, bom ou ruim.

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